"O importante na vida não é ser ou parecer, o importante é fazer construir e desenvolver com coragem, energia, confiança e otimismo. A vida só é digna de ser vivida, quando se faz algo pela vida em vida..."
A maior conquista da lei foi a conscientização da população de que a violência contra a mulher é um crime.

A Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, completa dois anos sancionada em agosto de 2006, a Lei nº 11.340 possibilitou avanços, mas, segundo entidades que prestam atendimento às mulheres, ainda falta muito para que ela seja totalmente implementada.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

TAMANHO DE EMPRESA É DOCUMENTO?

Trabalhar numa grande organização, de preferência, numa multinacional... Esse é o sonho de muita gente. O status que a vaga numa empresa dessas representa deixa muitos profissionais deslumbrados. Mas nem só de grandes empresas vive o mercado de trabalho. Aliás, muito pelo contrário: segundo o SEBRAE-SP, no Brasil existem 5,1 milhões de empresas, e 98% desse total é composto por micro ou pequenas. Esses negócios (formais e informais) respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado - um mercado gigantesco a ser explorado.

Diferente do que algumas pessoas ainda pensam, principalmente no caso de pequenas e médias empresas, a estrutura e o desempenho em números surpreendem. "O conceito hoje de pequena e média empresa mudou consideravelmente. Para se ter uma idéia, um dos clientes com que nós trabalhamos tem 300 funcionários, mas são 300 funcionários espalhados pelo mundo. A questão da tecnologia e o foco no negócio podem garantir que uma empresa, mesmo com poucos funcionários, seja global, referência em seu negócio", afirma Adriano Bravo, diretor-geral da CASE Consulting, consultoria de recrutamento especializado de executivos.

Se para ser uma empresa global não é necessário ser grande, é importante considerar também as oportunidades que surgem nas pequenas e médias. E tenha certeza: há boas oportunidades de crescimento profissional nas companhias desses portes, além de uma autonomia que costuma ajudar muito no desenvolvimento da carreira. "Nelas, o profissional tem de aprender muito rápido a tomar decisões, tem de ter uma mente resoluta, e isso é extremamente importante para o amadurecimento profissional", considera Carlos Cruz, coach executivo e conferencista em Desenvolvimento Humano.

Referência numa pequena ou número numa grande?

Os caminhos percorridos numa pequena ou média empresa são bem diferentes dos passos dados numa grande. No primeiro caso, na maioria das vezes, as coisas acontecem um pouco mais rápido - mas, claro, há exceções. Já nas grandes, com mais funcionários, os processos de crescimento e desenvolvimento de cargos acabam sendo um pouco mais lentos. "Em empresas menores, os caminhos para o profissional assumir posições de liderança se tornam mais curtos, porque normalmente a companhia tem uma estrutura de gestão bem mais simplificada e com menos níveis que, eventualmente, uma grande corporação. Muitas vezes, para assumir uma posição de liderança numa grande empresa se leva de 10 a 15 anos. Já numa empresa média ou pequena, a pessoa consegue uma posição de liderança num período de quatro a cinco anos", considera Bravo.

Outro fator que faz das médias e pequenas empresas uma boa oportunidade para o desenvolvimento é o espaço para os profissionais de níveis hierárquicos mais baixos. "As grandes empresas exigem muito dos profissionais. Já nas pequenas há mais possibilidades de entrar como recepcionista, auxiliar de escritório... Enfim, cargos mais baixos, que dão espaço para o profissional se desenvolver", afirma Cruz.

Mas esse desenvolvimento tem seu preço. Diferente do que ocorre em grandes corporações, o profissional, muitas vezes, pode se tornar um "faz-tudo" – resolver problemas que não são inerentes ao seu trabalho e passar por várias áreas. E isso tem aspectos bons e ruins: "Numa grande empresa, os cargos são muito mais bem definidos. Já nas pequenas e médias, como isso é mais aberto, existe um fator que pode ser positivo ou negativo: passar por várias áreas. Quando já se sabe o que quer e onde quer atuar, é negativo esse rodízio no trabalho. Mas quando ainda se está procurando um caminho, esse leque de oportunidades pode ser vantajoso", considera Cruz.

O que vale mais a pena?

Segundo os especialistas, é impossível dizer se é melhor ou pior trabalhar numa média ou grande empresa. Além disso, o mais correto é aceitar uma oportunidade pelo que ela representa, pelo desenvolvimento que ela pode proporcionar, e não pelo porte da empresa. "O que a pessoa tem de avaliar é a solidez do negócio e o retorno que ele vai trazer pra ela, o quanto que vai gerar em retorno de carreira no médio e longo prazo. E não o porte da empresa", aconselha Bravo.

Cruz considera também que vai depender do momento da carreira em que esse profissional se encontra e o que ele busca numa empresa. "Eu costumo dizer que o essencial é saber o que é importante pra você, o que está buscando, que tipo de vida quer ter. Há pessoas que são motivadas pelo poder, pelo status. Há outras que se realizam com as atividades que desenvolvem", diz.

Bravo alerta ainda que não há distinção em processos seletivos de profissionais por terem trabalhado em pequenas ou médias empresas – o que realmente faz diferença não é o porte da organização, e sim os resultados obtidos pelo profissional. "Nós não avaliamos mais o porte da empresa, mas sim o histórico do executivo, o resultado que ele trouxe, o investimento em carreira que ele tem, a questão de idiomas. É muito mais o pacote de realização profissional do que onde ele esteve", finaliza.

Nenhum comentário: