"O importante na vida não é ser ou parecer, o importante é fazer construir e desenvolver com coragem, energia, confiança e otimismo. A vida só é digna de ser vivida, quando se faz algo pela vida em vida..."
A maior conquista da lei foi a conscientização da população de que a violência contra a mulher é um crime.

A Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, completa dois anos sancionada em agosto de 2006, a Lei nº 11.340 possibilitou avanços, mas, segundo entidades que prestam atendimento às mulheres, ainda falta muito para que ela seja totalmente implementada.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Atitude no trabalho é tão importante quanto a competência

Consultor diz que profissionais competentes devem ter conhecimento, habilidade e disposição para executar as tarefas no ambiente corporativo
Lady Jane Ferreira | Fonte: Editoria Zap

Para ser um profissional competente e de sucesso é preciso desenvolver competências técnicas e comportamentais, principalmente conhecimento, habilidade e atitude. É o afirma o professor universitário e consultor de recursos humanos da Caixa Econômica Federal, Cláudio Queiroz.

No cenário atual do mercado há milhares de pessoas em busca de oportunidades de trabalho, enquanto as empresas fazem uma busca intensa à caça de profissionais qualificados – e nem sempre encontram as pessoas que precisam. Isso ocorre por conta da falta de preparo profissional e pessoal por parte dos candidatos. “Nem sempre temos o nível de competência exigido pelo mundo organizacional, que é cada vez maior. Os desafios no mercado de trabalho são intensos e o nível de empreendedorismo se faz necessário em todos os colaboradores”, diz o professor.

Para Queiroz, dizer que uma pessoa não é competente significa que o conjunto de competências técnicas e comportamentais não está completo, ou seja, ela precisa ter conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer), atitude e comportamento de entrega (querer fazer). “Muitas vezes as pessoas têm conhecimento e habilidade, mas falta a atitude. E o mundo organizacional é o resultado dessa entrega”, afirma.

De acordo com o consultor, é possível acumular conhecimento e habilidade, mas atitude e entrega dependem da disposição da pessoa ao executar determinada tarefa. O professor cita as principais atitudes necessárias para se tornar um profissional completo: flexibilidade, motivação, disciplina, respeito, dinamismo, humildade, persistência, iniciativa e resiliência (pessoa com capacidade de superar desafios). “Flexibilidade é a mãe da competência. Por meio dela é possível buscar todas as possibilidades para chegar a competência”, diz Queiroz.

O consultor afirma que um dos diferenciais do sucesso é a atitude. Para isso, o primeiro a se fazer é administrar a própria vida. Queiroz até desenvolveu uma espécie de roteiro para atingir este objetivo. “Conheça-se, pense sobre você. Quem sou eu? Quais os pontos fortes e a desenvolver? Quais as ameaças e oportunidades você tem no mercado? Defina objetivos. Faça estratégias, tenha o controle e execute.”

Queiroz ilustra o conceito do que é competência em uma frase. “Contrate atitudes e treine conhecimentos e habilidades.” Segundo o especialista, este é um mote muito utilizado por empresas estrangeiras e já está sendo adotado por companhias brasileiras.

Emprego fica mais difícil para pessoas com baixa escolaridade

Vagas para quem é analfabeto ou só estudou até a 4ª série do ensino fundamental diminuíram no último ano
Lisandra Paraguassú | Fonte: Estadão


Brasília - A oferta de empregos no Brasil para pessoas com baixa escolaridade é cada vez menor, de acordo com os dados de 2007 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Ministério do Trabalho. As informações mostram que as vagas crescem no mercado de trabalho do País para quem tem ensino médio ou superior completo.

No ano passado, o emprego, que cresceu 7% em geral no País, caiu para quem é analfabeto ou tem apenas até a 4ª série do ensino fundamental. Entre os analfabetos, o número de empregos, que já é baixo, caiu 1,13%. Entre os brasileiros que têm a 4ª série primária, caiu quase 2%, registrando-se 42,8 mil vagas a menos.

Pessoas que não completaram os oito anos do ensino fundamental também têm mais dificuldades: apesar de ter havido crescimento, ele foi de apenas 1,23%. "As empresas vêm exigindo cada vez mais uma escolaridade mais alta", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Na faixa de cima da escolaridade, os que têm ensino médio ganharam 11,6% mais vagas - a maior faixa de crescimento, mais de 60% acima da média nacional. Para empregos que exigem curso superior houve a segunda maior alta - 10,75%. Já o curso superior incompleto ajuda menos do que o ensino médio. A explicação pode estar no fato de a pessoa ser mais qualificada para uma vaga de escolaridade mais baixa, mas ainda não o suficiente para uma que exige ensino superior.

No total, foram criados no País, em 2007, 2,452 milhões de novos postos de trabalho formais. Desses, 378 mil foram empregos públicos, e o restante, contratos celetistas. O setor que apresentou maior crescimento foi o da construção civil, com 16,11% de expansão.

Mas houve crescimento em todos os outros setores, e o de serviços ainda concentra a maior parte dos empregos. Em números absolutos, a área de serviços criou mais 706 mil vagas no ano passado.

O maior crescimento de emprego formal foi na Região Norte, com 9,1% de aumento, na comparação com 2006. Apesar disso, o Sudeste ainda é a região que concentra maior número de vagas. Em 2007, o Nordeste, pela primeira vez, ultrapassou a Região Sul em números absolutos de postos de trabalho criados e também no crescimento proporcional. Enquanto os postos de trabalho cresceram no Nordeste 6,17%, o aumento no Sul foi de 5,38%.

Nova regra de ortografia confunde até dicionários

RICARDO WESTIN
da Folha de S.Paulo

Faltando apenas dois meses para que as novas regras ortográficas entrem em vigor no Brasil, nem mesmo os especialistas em língua portuguesa conseguem chegar a um consenso sobre como determinadas palavras serão escritas a partir de 1º de janeiro de 2009.

As divergências aparecem nos dicionários "Houaiss" (ed. Objetiva) e "Aurélio" (ed. Positivo), nas recém-lançadas versões de bolso, que já contemplam as mudanças ortográficas. O "pára-raios" de hoje, por exemplo, virou "para-raios" no primeiro e "pararraios" no segundo.

A lista de diferenças continua. A versão mini do "Houaiss" grafa "sub-reptício" e "para-lama". Em outra direção, o novo "Aurélio" traz "subreptício" e "paralama".

Prevendo o impasse, antes mesmo do lançamento dos dicionários, a ABL (Academia Brasileira de Letras) tomou para si a difícil missão de dirimir essas e outras dúvidas. A palavra final da entidade deverá sair apenas em fevereiro, quando as novas regras ortográficas já estiverem valendo.

Confusões

O acordo internacional, assinado em 1990, foi concebido para unificar e simplificar a grafia da língua portuguesa. Certos acentos serão derrubados ("enjoo" e "epopeia"), e o trema será praticamente extinto -só permanecerá em palavras estrangeiras (como "Müller" e "mülleriano").

O que tem sido motivo de apreensão é o hífen.

O acordo está cheio de regras novas --certas palavras perderão o hífen (como "antissocial" e "contrarregra") e outras ganharão ("micro-ondas" e "anti-inflamatório")--, mas deixa buracos.

O texto diz que devem ser aglutinadas, sem hífen, as palavras compostas quando "se perdeu, em certa medida, a noção de composição". E lista meia dúzia de exemplos: "girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.".

"O problema está justamente no "etc.". Como sabemos que as pessoas perderam a noção de composição de uma palavra? É algo subjetivo", afirma o professor e autor de gramática Francisco Marto de Moura.
Na dúvida, os elaboradores dos dois dicionários consultaram especialistas e chegaram às suas próprias conclusões.

O "Houaiss", por exemplo, achou mais seguro ignorar o "etc." e decidiu que só seriam aglutinadas as seis palavras da lista de exemplos.

"Com essas mudanças, os dicionários precisam sair na frente, já que são as obras às quais todos vão recorrer. Precisam dar soluções. Diante das lacunas, tivemos de inferir", afirma Mauro Villar, co-autor do "Houaiss".

O acordo diz que perdem o acento os ditongos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "idéia" e "jibóia". No entanto, existe hoje uma regra que determina que paroxítonas terminadas com "r" tenham acento. O que fazer com "destróier", que se encaixa nas duas regras?

O texto tampouco faz referência ao uso ou à ausência do hífen em formações como "zunzunzum", "zás-trás" e "blablablá".

Pontos obscuros

No início do ano, quando aumentaram os rumores de que as mudanças ortográficas acordadas em 1990 finalmente seriam tiradas da gaveta, a Academia Brasileira de Letras começou a se debruçar sobre os pontos obscuros. Seis lexicógrafos e três acadêmicos têm essa missão.

"Estamos tentando resolver os problemas de esquecimento e esclarecer os pontos obscuros. As interpretações serão feitas com o objetivo de facilitar a vida do homem comum", diz Evanildo Bechara, gramático e ocupante da cadeira 33 da ABL.

As decisões da comissão da ABL estarão no "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa", a lista oficial da correta grafia das palavras.

O término da obra estava previsto para novembro. Por causa do excesso de dúvidas, o lançamento acabou sendo adiado para fevereiro.

Uma vez pronto o "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa", os dicionários de bolso que já incorporaram o acordo ortográfico internacional precisarão ser mais uma vez reeditados, dessa vez com as mudanças definitivas. É por isso que as versões completas do "Houaiss" e do "Aurélio" ainda não foram lançadas.

As novas regras ortográficas começam a ser aplicadas em janeiro de 2009, mas as atuais continuarão sendo aceitas até dezembro de 2012.

A partir de janeiro de 2013, serão corretas apenas as novas grafias.